Sabores, Saberes


Três filmes, três escolhas, onde a mesa e a comida geram o convívio entre os humanos, alimentam os prazeres da vida, promovem gestos de humanidade e de proximidade entre pares, combatem a solidão e dão sentido a uma ideia de felicidade. O vinho não faltará nas histórias belas e poderosas que se narram, servidas, todas elas, por espantosos actores e actrizes, com delicadeza, discrição e generosidade.

Dia 15
O Sabor de Viver
Tran Anh Hung
Apresentação de José Miguel Meneses de Almeida

Dia 22
O Meu Bolo Favorito
Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha
Apresentação de Margarida Pedroso Lima

Dia 29
Adam
Maryam Touzani
Apresentação de Cristina Faria

No final de cada sessão haverá um momento de degustação inspirado no universo gastronómico do filme exibido, elaborado pelos alunos da Licenciatura de Gastronomia da ESEC.

Quartas-feiras 18h00
Auditório da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC)
Sessão: 5,00 € Público em geral | 2,00 € Colaboradores do IPC | 1,00 € Estudantes
Lotação limitada.
Co-organização: Centro Cultural Penedo da Saudade/IPC


O SABOR DA VIDA
1H35 2023 FRANÇA/BÉLGICA

O Sabor da Vida: na cozinha é que se está bem Dois actores em perfeito entrosamento, uma câmara envolvente e uma cozinha: não é preciso mais para fazer de O Sabor da Vida, de Tran Anh Hung, um belo filme. Jorge Mourinha

Na França de 1899, Eugénie (Juliette Binoche) é uma cozinheira que trabalha para Dodin (Benoît Magimel), um patrão “gourmet” numa herdade do campo. Têm uma relação amorosa há largos anos e cozinham juntos, mas ela rejeita sempre casar-se com ele e dormem em quartos diferentes. A relação entre os dois é a base deste filme do franco-vietnamita Tran Anh Hung (“Eu Venho com a Chuva”, “Amor Eterno”) inspirado numa personagem criada pelo suíço Marce l Rouff em 1924. PÚBLICO

José Miguel Meneses de Almeida é enólogo pela Universidade Católica do Porto, Químico Industrial pela Universidade de Coimbra e provador de vinhos, há quase 35 anos.
Fruto da “colheita” de 1966, nasceu em Coimbra, numa família com larga tradição na produção de vinhos do Dão, região onde produziu os seus vinhos. Foi formador de enologia na Bairrada, estagiou no laboratório da Comissão Vitivinícola Regional do Dão e durante cerca de duas décadas foi o responsável pela certificação dos vinhos da Bairrada, onde dirigiu os serviços técnicos e a câmara de provadores. Recentemente trabalhou na certificação de mais nove D.O.C. - na Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa-, nomeadamente Alenquer, Arruda, Encostas d’Aire, Bucelas, Carcavelos, Colares, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras. Desde 2011 é formador de enologia e formador de Escanções nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal (Coimbra e Oeste). É também assistente convidado da ESAC - IPC, no curso de Licenciatura em Gastronomia, onde colabora desde a sua primeira edição. No Porto foi aluno de um perfumista francês e ainda se fascina por tentar conhecer e compreender os aromas do vinho. É um apaixonado e consumidor das 45 certificações de vinho que existem em Portugal.


O MEU BOLO FAVORITO
1H36 2024 IRÃO

O Meu Bolo Favorito: o Irão, antes da revolução.Não é um filme de época. Mas o horizonte temporal que se cria de forma nada sibilina, como uma projecção, um efeito de miragem — a memória da vida no Irão antes da revolução islâmica —, é a razão, certamente, por que Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha são hoje dois cineastas perseguidos pelo regime iraniano, impedidos de sair do país e neste momento julgados pelos tribunais revolucionários. Não vieram por isso apresentar O Meu Bolo Favorito ao Lisboa Film Festival. Vasco Câmara

Uma noite. Dois corações solitários. Infinitas possibilidades. Mahin, de 70 anos, vive sozinha, até decidir mudar a sua rotina solitária e reavivar a sua vida amorosa. Quando abre o coração ao romance, um encontro rapidamente se transforma numa noite inesperada. 

MARGARIDA PEDROSO LIMA. É psicóloga e doutorada em Psicologia do Desenvolvimento pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCE.UC) e mestre em Ciências da Educação. As suas experiências e interesses profissionais situam-se, prioritariamente, na área da Psicologia da Idade Adulta e na Psicologia da Personalidade. Tem-se dedicado, sobretudo, ao estudo, investigação e intervenção clínica e psico-educativa em domínios relacionados com a personalidade, os fenómenos de grupo, o desenvolvimento pessoal e as relações interpessoais nos jovens adultos, adultos e idosos. É professora associada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde tem leccionado várias disciplinas, participado em investigações, escrito artigos, assumido lugares de direcção e de gestão universitária e organizado encontros científicos e culturais. Tem, também, apresentado comunicações em diversos colóquios, conferências e workshops no âmbito dos seus interesses profissionais.


ADAM
1H40 2019 FRANÇA/MARROCOS

Desde que o marido morreu que Abla cuida sozinha de Warda, a filha de oito anos. As duas vivem modestamente em Casablanca (Marrocos), onde se dedicam à confecção de pão e bolos que vendem a partir de casa. Um dia, tocam à campainha. É Samia, uma jovem grávida desesperada por encontrar trabalho. Apesar de muito renitente, ao perceber que a rapariga está completamente entregue a si mesma, Abla deixa-a ficar por alguns dias. Aos poucos, a doçura de Samia vai conquistando o afecto de Abla e da pequena Warda, mudando as suas vidas para sempre.  Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um drama sobre a importância da amizade e da generosidade, que marca a estreia em longa-metragem da marroquina Maryam Touzani que, para escrever o argumento, se inspirou numa situação real, vivida na sua infância. PÚBLICO

Uma noite. Dois corações solitários. Infinitas possibilidades. Mahin, de 70 anos, vive sozinha, até decidir mudar a sua rotina solitária e reavivar a sua vida amorosa. Quando abre o coração ao romance, um encontro rapidamente se transforma numa noite inesperada. 

CRISTINA FARIA. É doutorada em Ensino e Psicologia da Música pela Universidade Nova de Lisboa. Investigadora no CESEM (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical) da Universidade Nova de Lisboa, desde 2009, no âmbito da Educação e Desenvolvimento Humano. Docente da área científica de Música da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) desde 1989, onde tem leccionado unidades curriculares nas áreas de Etnomusicologia, Teoria e Didáctica Musical, Voz para Comunicação Social e Teatro e Música Comunitária, área na qual tem sido orientadora de estágios. Nesta instituição foi ainda Directora das licenciaturas em Professores de Educação Musical do Ensino Básico e de Teatro e Educação, sendo actualmente coordenadora do Grupo Científico e Disciplinar de Artes do Espectáculo. Formadora acreditada em “Didáctica da Expressão e Educação Musical” e em “Boas Prácticas na Utilização da Voz para professores, comunicadores e actores”. Autora e directora musical em várias peças de Teatro. Foi, durante 9 anos, maestrina do coral sinfónico “Choral Aeminium”, com o qual cantou com várias orquestras portuguesas e estrangeiras e dirige o Coro D. Pedro de Cristo desde 2009. Foi Directora Cultural do Instituto Politécnico de Coimbra, estando à frente do Centro Cultural Penedo da Saudade desde a sua criação, em Janeiro de 2019 até Julho de 2025.


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