Palestra: “DA SUAVE FRAGRÂNCIA AO ALEGRE SABOR: O ESPÍRITO DO VINHO”


Foi este o mote para a apresentação de Pedro Miguel Ferrão: a representação do vinho na História da arte, enquanto sinónimo de bem-estar e iluminação espiritual, congregando certas comunidades na sua multiplicidade sociocultural. Na sala do Museu Nacional de Machado de Castro que exibe os desenhos de Paula Rego, da série “O Vinho”, assistimos a uma cativante e concorrida sessão que prendeu o interesse de todos, observando como a História da arte ilustra a importância das cerimónias em que o vinho devolve à humanidade um certo sentido de alegria, manifestando-se em festas que regulam etapas da nossa vida, como sejam a comemoração de aniversários, de batismos, de casamentos, das colheitas do campo ou de solenidades religiosas e rituais de outra natureza, momentos únicos que assinalam datas específicas no devir do calendário. A par das pinturas e dos desenhos que foram sendo mostrados e comentados, pudemos apreciar ainda uma série de gravuras bem-humoradas e um conjunto de provérbios e citações de cariz popular, reforçadas com o poder simbólico da palavra poética. Como esta citação, a fechar a palestra, atribuída a Robert Louis Stevenson: “O vinho é a única obra de arte que se pode beber”.

Fotografias de Marisa Martins

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